Mensagem subliminar:A mensagem subliminar pode ser definida como: “Uma mensagem que não
pode ser percebida diretamente pelos sentidos, mas que mesmo assim é
absorvida pelo cérebro”.
O grau de absorção e influência dos subliminares normalmente
não pode ser medido. Existe muito alarde em torno do assunto e poucas
provas quanto a real influência de uma exposição subliminar.
Este tipo de estímulo é recebido, mas não reportado. Isso
significa que são capazes de provocar alguma resposta, mesmo não
sendo percebidos diretamente pelo receptor. O termo “mensagem subliminar” foi criado por “James Vicary” em 1957. James Vicary, iniciou uma série de experimentos sobre o assunto, como por exemplo: Realizar uma exibição de imagens entre quadros de um filme durante uma fração de segundo. As imagens são apresentadas em uma velocidade maior do que a capacidade humana em acompanhar, mas mesmo assim podem ser absorvidas pelo cerebro. A inserção subliminar pode atuar nos cinco órgãos dos sentidos, logo elas podem ser visuais, auditivas, olfativas, gustativas e táteis. Apesar das mais conhecidas e utilizadas serem as visuais e auditivas. Atualmente o marketing olfativo, estuda os estímulos diretos causados pela exposição a fragrâncias em lojas e outros ambientes de marketing, estes remetem subliminarmente a sensações e lembranças, despertando vontades e sentidos, uma vez que fazem o estimulo cerebral direto, via olfato e muitas vezes não são percebidos de maneira clara.
A lei e a ética.Apesar de não existir lei que proíba diretamente a propaganda subliminar, o Código de Defesa do Consumidor proíbe anúncios disfarçados e dissimulados. Veja o artigo 36 do CDC: "A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal". A propaganda subliminar pode ser entendida como antiética, uma vez que sua mensagem está oculta. Apresentando um conteúdo que não pode ser visto ou percebido de forma consciente e clara, o espectador não pode desfrutar plenamente de seu direito de escolha, uma vez que não esta consciente da existência da mensagem.
Alguns casos recentes, polêmica e muito falatório sobre o assunto:No famoso caso do comercial da MTV, imagens de sadomasoquismo que eram imperceptíveis com o filme em velocidade normal. A MTV Brasil declarou que a inserção foi fruto do trabalho de um estagiário, já demitido. A emissora teve que pagar sete milhões e meio de reais de multa, um real por cada telespectador que assistiu à vinheta.
Em um caso recente, o Partido Democrata dos Estados Unidos acusou a equipe de marketing do então candidato à presidência George W. Bush de utilizar mensagens subliminares em sua campanha eleitoral. Na propaganda em questão, em uma cena onde aparece à palavra bureaucrats (burocratas) para se referir aos democratas, a palavra rats (ratos) é inserida em um quadro que aparece por uma fração de segundo. No desenho da Disney produzido em 1977, reparem na janela. A cena acontece aos 28 minutos do filme e é imperceptível em velocidade normal. Os dois ratinhos engajados em ajudar uma menina a livrar-se de seqüestradores, estão viajando sobre um velho albatroz. Na aterrissagem, o pássaro perde altura e passa em frente a vários prédios.
E a realidade?Apesar da polêmica criada sobre o assunto é muito difícil
quantificar ou mesmo provar a influência comportamental real que possa
vir a existir quando uma pessoa é exposta a mensagens subliminares. Fazem
um enorme alarde, sem atentar para o fato de que seria muito improvável,
ou mesmo impossível, ver uma grande empresa sem nenhum interesse financeiro,
e de vendas, envolvendo-se em divulgar mensagens subliminares de cunho pornográfico.
A maioria destes casos polêmicos, na realidade, é fruto da brincadeira
ou sabotagem por parte de funcionários ou prestadores de serviço.
Nos casos em que o target é vender mais ou conseguir popularidade, ai
sim, pode haver algum interesse corporativo. Se existe exposição, mesmo que pequena e imperceptível, pode haver influência comportamental. Portanto, pode de alguma forma facilitar vendas, negócios ou mesmo angariar votos e preferências. A resistência a estímulos varia de pessoa para pessoa, Portanto, é muito difícil quantificar ou mesmo provar a eficácia deste tipo de estímulo na população em geral. Hoje a maioria das notícias e boatos que vemos são frutos do imaginário popular e da visão limitada de alguns fanáticos religiosos.
Veja também: A diferença entre publicidade e propaganda.
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