O ambiente de marketing.
Podemos considerar como ambiente de marketing qualquer local destinado à
venda, negociação, prestação de serviço etc.
Seria o local onde, de alguma forma, existiria o contato entre o consumidor
e o vendedor ou prestador de serviço.
Se existe contato com o consumidor existe comunicação. E o que
comunicamos influi diretamente na maneira como somos percebidos e na preferência
e consumo de determinada marca ou produto por parte de nosso público
alvo.
A música ambiente:
Em primeiro lugar, a música deve estar de acordo com o seu público
alvo e pode ser selecionada de acordo com o momento do dia. Músicas mais
agitadas trazem maior rotatividade de clientes no salão da loja e podem
ser utilizadas em momentos em que existe maior fluxo ou até um congestionamento
de clientes. Ao contrário, músicas mais calmas podem fazer os
clientes permanecerem mais tempo na loja, conseguindo assim uma maior efetividade
nas vendas complementares e promovendo uma maior interação do
cliente com sua marca e seus valores.
As vitrines:
Devemos pensar a vitrine como o primeiro contato do cliente com a loja. A primeira
“conversa” entre o consumidor e a loja pode conquistar ou afastar
definitivamente qualquer impulso de compra ou simpatia pela marca.
Atualmente, muitas lojas estão retirando as vitrines e utilizando a
área de vendas e suas prateleiras como vitrine. Boa estratégia,
pois força o cliente à experimentação, ou seja,
aumenta o contato do “prospect” com sua marca, produtos e ambiente
de marketing.
De qualquer forma, a vitrine deve manter a mensagem e refletir a qualidade
dos produtos e estar de acordo com o público alvo da instituição.
Os aromas:
Para aumentar a efetividade da mensagem e conseguir desarmar, ainda mais, as
defesas do consumidor, podemos recorrer aos aromas. As fragrâncias devem
estimular a memória do cliente, devem dar apoio ao restante dos estímulos:
Visuais (cores, vitrine, iluminação etc), tato (experimentação,
tocar a mercadoria), auditivos (música ambiente) e gustativas (degustação,
experimentação). Todos os estímulos devem apoiar e reforçar
a mesma mensagem, a mensagem da marca que deve se identificar plenamente com
seu público alvo.
O layout:
A tendência natural do cliente é de virar a direita depois de
entrar na loja, portanto devemos atrair o cliente para o fundo da loja e depois
para esquerda. As mercadorias, e a própria sinalização,
devem ser expostas de maneira que o cliente gire no sentido anti-horário.
Se colocarmos a mercadoria que o cliente quer a direita da entrada e o caixa
para pagamento também nesse sentido, iremos perder muitas compras por
impulso.
A exposição das mercadorias:
O cliente, normalmente, olha as prateleiras (ou gôndolas) como se estivesse lendo um
livro, ou seja, da esquerda para direita e de cima para baixo. Uma boa sugestão
é arrumar as mercadorias de forma que as mais baratas fiquem à esquerda e as mais caras (maior valor agregado) à direita. Outro importante ponto
é a altura em que serão arrumadas: Produtos infantis devem ficar
ao alcance das crianças e os estratégicos e de maior valor agregado
na altura dos olhos dos adultos. Mercadorias pesadas não devem ser colocadas
em prateleiras altas e se possível devemos organizar a mercadoria dos
fornecedores (fábricas) em blocos e não linearmente.
A experimentação:
É sempre benéfico promover a experimentação, o
contato direto do cliente com a mercadoria ou serviço, mesmo antes de
efetivada a compra. Isso aumenta a intimidade do consumidor com o produto e
a marca e diminui o medo do arrependimento posterior a compra (dissonância
cognitiva).
O entretenimento:
Vincular uma loja e uma marca a um entretenimento que seja aceito e principalmente
admirado por seu público alvo vai aumentar os níveis de lembrança
da marca e de confiança na mesma. Determinadas atividades podem ajudar
a manter o cliente na loja (cadeiras e televisão para homens em uma butique
feminina) ou mesmo promover a venda e experimentação de determinados
produtos (aulas de culinária em um supermercado).
As cores:
Assim como a música e os outros fatores de ambiência, as cores
têm forte influência no comportamento do consumidor e nas decisões
de compra. O sentido visual, normalmente, tem predominância sobre os outros
sentidos, praticamente todo mundo aceita e acredita no que vê, mas pode
desconfiar do que escuta ou ter dúvidas sobre determinada fragrância
que está sentindo.
Assim como com a música, podemos manter o cliente mais tempo na loja
utilizando cores frias como azul e o verde claro, ou promover uma maior rotatividade
com cores quentes como o vermelho e o laranja. O vermelho pode ser muito bem
relacionado com roupas intimas, erotismo e sedução. O laranja,
a cor que mais chama atenção, é muito bem vindo em lanchonetes,
pois, estimula o apetite. O dourado, principalmente junto com o preto, pode
transmitir nobreza e qualidade. O cinza seriedade, o branco limpeza e pureza,
o rosa é infantil e feminino...
Conclusão:
Os diversos fatores da ambiência são indispensáveis em
um mercado competitivo em que cerca de 80% das decisões de compra são
tomadas na área de vendas e que a simpatia por determinada marca ou loja
pode determinar seu sucesso ou fracasso. No mercado atual: sistematizar, estudar e aplicar as
diversas técnicas de marketing faz a diferença entre a vida ou
morte de uma organização.

Para referenciar o texto:
Autor: Dennys M. C. Monteiro.
Site: www.rg9.org
Data: Indicar data de acesso ao site. Site acessado em...
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